20 junho 2011

Em dias de pré-Flip, vai-se de Fica.

Enquanto a contagem regressiva não se esgota para Paraty, decidi em um estalo daqueles assim, do nada, dar um pulo na cidade de Goiás durante o Festival Internacional de Cinema Ambiental - FICA, e fazer um experimento com a venda de livros de maneira itinerante e puramente mambembe.
Contei com a ajuda sempre disposta da Izaura Franco e sua R&F Editora, para aumentar o conjunto de títulos. Alguns trabalhos do Nejar, Maria Luisa Ribeiro, da própria Izaura, dentre outros, vieram fazer companhia aos meus “Jantar às 11” e “Tá na rede”, além das duas antologias do Bar do Escritor. Uma coleção bonita de se ver...
Misturando uma vontade de experimentar a venda de livros daquele jeito atuando no corpo-a-corpo, vendendo livros de forma guerrilheira, abordando as pessoas, oferecendo literatura, praticando a arte de escrever de forma física, full contact; respirar os ares do Fica e tomar umas em Goiás, foi que cheguei no sábado, dia 18.
Acompanhavam-me minha namorada, Jenny, e o Giuliano, parceiro de trampo na Agecom. Os dois, é claro, mais preocupados com a festa. Eu, com a festa, mas também com um pezinho no trampo.
Depois de perambular por várias ruas do centro histórico procurando um local para “montar-barraca-mas-sem-ter-uma”, arranjei um local no meio da feirinha ao lado do coreto e dali busquei meu lugar ao sol. E que sol...
O projeto de venda, em si, ficou devendo. Mais por conta do aviso que ficava rondando toda hora, que a fiscalização poderia recolher os livros a qualquer minuto, daí decidi manter em exposição somente meus livros e alguns do BDE: se fossem grampeados, ia pedir que ao menos os doassem para alguma escola do município. Um preju cultural, por assim dizer. O que não dava era fazer graça com livros dos outros.
Mas os contatos que fiz ali, do pessoal que passou por lá e outros como o Mozart Fialho, da Trama do Cerrado, camisetas e outros trampos muito visu, que estava com uma banca ao lado e foi de uma simpatia sem limites, dando inclusive as dicas de como estava o local e o que poderia rolar no caso de fiscal baixar, maneiríssimo.
Depois da feira, o lance foi curtir mesmo. Já que tava na roda, o jeito foi sambar. E rolou muito samba, muita passeata e alguma cachaça. Ou seria muita cachaça e alguma passeata? Bom, a verdade é que achei meio forçado “Marcha das Vadias” por lá. Mas cada um com seu cada um.
Porém, o que matou a pau mesmo foi o show do Manu Chao. Sonzeira duca, a roupagem, digamos, mais new-heavy-punk-pós-dark-moderno pegou bem para fazer o pessoal pular sem parar naquela madruga friaca na beira do Rio Vermelho. E dá-lhe “Hasta la siempre, Goiás!” O cara não arredava pé do palco e o povo não saía da frente dele. Foram uns bons 40 minutos de “tchaus”, "Gracias por la oportunidad", “Até logos” e “Adiós”. Particularmente curti demais.
Gostaria inclusive de agradecer à alma abençoada que jogou uma garrafa de Passport na faixa. E foi-se o frio...
Ficou na cuca a vontade de repetir a dose durante o feriadão que se aproxima, buscar outros ares, como os de Piri, talvez e tentar novamente a sorte. Vai que cola?
Então vamos passear no parque, enquanto a Flip não vem...

P.S. Ia esquecendo de dizer do Acampamento Jatobá, do Sr. Eurípedes, gente finíssima. Lugar muito agradável, praticamente dentro da cidade, a uns 300 metros do Posto Sota. Depois falarei mais disso, se matar a vontade de ficar de papo para o ar...

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