22 janeiro 2008

Constatação

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Armazeno palavras
no oco oposto da minha cabeça
e as despejo destratadas
de maneira tosca e infiel
entre as bordas brancas
de um pedaço de papel,
sem orgulho ou presunção
sem plano ou meta,
escrevo palavras ao léu:
sou pobre, não poeta.

2 comentários:

Anônimo disse...

Poema em primeira pessoa, arriscado, pois, o escritor pode confundir a emoção vivênciada ao transformar o fato em poesia, ou seja, o objeto da criação para o autor poderá ter um significado maior que realmente é. Por exemplo, perguntaram a Drummomd qual o poema que mais gostava, ele disse "se fosse por esse angulo seria um poema que fiz para minha mãe ou talvez outra coisa que nuito que deixasse emotivo, o poema depois de feito transcende ao gostar da gente" Risco corrido: é um poema "ducaralho" tem uma musicalidade que repórta ao pungente, lembrando Fernando Pessoa em "o poeta é um fingidor" rímas cadenciadas; bom o poema.

Deveras disse...

Bom te ver por aqui, adestrador das letras. Fico honrado.

ficanapaz