É... Tem uma cara que não posto nada por aqui, mas isso tem uma
explicação bem simples: estou finalizando a nova cria, “O Etéreo ser de carbono”,
um trabalho de parto de 5 anos, entre idas, vindas e alguns prêmios. Mas isso é
outra estória, que vem em breve.
Fui sexta passada para “Behrsília” (rebatizei a Capital Federal
assim no dia que tomei umas pingas com o M.P. Haikel na Feira do Livro de 2011,
quando tomamos um porre e falamos da poesia do Nicholas; outra estória para
outra hora), pois o comparsa Giovani Iemini estava desde o dia 08 de maio com
um stand do Bar do Escritor na Feira do Livro do Distrito Federal, incrustada
no Taguatinga Shopping.
Aterrissei por lá no começo da tarde (aproveitei a chegada para
passar na casa de minha madrinha, a incrível “Di”, onde filei uma boia e botei
os assuntos familiares em dia, aproveitando o carinho e hospitalidade de costume) encontrando um atônito Giovani atordoado com minha chegada
desavisada, de supetão e já caindo matando. Em cinco minutos, já de livro nas
mãos, soltei a coleira da língua e vendi o primeiro exemplar: literatura
corpo-a-corpo, falando diretamente ao futuro leitor, exemplificando pormenores
do livro, mandando um desconto por conta da casa e um autógrafo incluso no
pacote, que feira de livro é para isso mesmo.
Após o espanto inicial, o guru do BDE mandou a letra de como estava
indo a parada até aquele momento: o pessoal presente reclamava um pouco da
divulgação, mas a estrutura encontrada era compatível com outros eventos
correlacionados. Mas independente de tudo, o público deu as caras no fim de
semana, lotando os corredores do lugar e proporcionando uma interação bem
legal.
Fico sempre elétrico quando vejo o interesse das pessoas pelos
livros: aquilo atiça a vontade dividir as experiências literárias e foi com
prazer que troquei ideias com novos autores, pessoas que estavam ali de livro
nas mãos, ainda tentando se jogar no espaço livre do mundo das letras, além de
vários amantes da letras, leitores esporádicos, uma pá de concurseiros (quer
prestar concurso, vá estudar em Brasília) e outros seres multidimensionais.
Acredito que, por ter sido a
primeira (de outras possíveis), a FLIDF tem tudo para entrar no roteiro da cidade
(ou do próprio shopping, se rolar interesse). Daí, com a sequência o evento
engata de vez.
O que carregar dessa nova aventura literária? Em primeiro lugar,
como em todas as viagens, conhecer pessoas legais, um dos grandes baratos da existência.
Destaco algumas, na impossibilidade de lembrar todas: Alaélio, o Cachorrão: um
mecânico de motos-quase-macgyver-perito-na-arte-de-curtir; vizinho de stand,
passamos o tempo todo atendendo clientes e contando hilariantes histórias dessa
porralouquice que chamamos de vida; Márcia, da Best Whishes, um projeto de
livros infantis muito interessante, mais uma parceira para a família BDE; Bicudo,
uma figura pra lá de divertida, que apareceu no stand com uns desenhos muito
punks e estórias idem.
Claro que fico muito agradecido a aqueles que adquiriram nossos livros
e espero de coração que curtam bastante, bem como a todos que de uma forma ou
outra ajudaram nestes dias de feira. Outro fator legal foi reencontrar o Heron,
membro da Academia de Letras de Taguatinga e prova viva que quem quer,
consegue. Do Giovani nem vou falar mais: o figura já sabe que “tamos” aí.
Foi difícil deixar a feira em plena tarde de domingo, quando ela
apontava um público crescente no último dia, mas a estrada clamava a volta,
pois na segunda o bicho pega em Goiânia. E foi a overdose de café e energético
que tomei nas duas horas de estrada de volta que acabou lançando-me aqui,
pilhado no começo da madrugada, já em casa, tomando uma esquecida cerveja e
ouvindo John Frusciante mandar “Before the beginning”... É isso. Missão dada,
missão cumprida.
P.S.
Ah, é... Tava esquecendo de explicar a segunda parte do título. Lá
em cima, saca? Então, tava lá eu, no meio da feira, autografando um livro para
um casal novo, ambos muito solícitos e simpáticos. Daí vem a pergunta de praxe
(a falta que uma assistente não faz, tivesse uma, já vinha um post-it do lado,
com nome e grafias corretas... mas vá lá, vida de escritor-punk-rock é assim
mesmo):
─ Em nome de quem?
─
Mônica - disse a moça
─ Eduardo- emendou o rapaz.
Para Eduardo e Mô... Minha memória adolescente deu um tranco:
─
Peraí, “Eduardo e Mônica”? Igual à música? – falei animado.
─
É... – disseram os dois meio acanhados. Saquei na hora que
deviam ouvir uma pá de piadinhas por conta da coincidência e que quase fui levado
a fazer mais uma piada para o hall de encheção de saco. Tava até com uma na
ponta da língua, mas acabei segurando. Só tinha uma coisa a fazer naquela
situação: dei meia volta, agarrei outro volume do Bar do Escritor (Brand, o da
capa “Jack Daniel´s”).
─ Tó, vão levar esse aqui por conta da casa – ao ver a cara meio de
espanto, meio de desconfiança pela parada que os dois faziam, emendei:
─
É que nunca encontrei nenhuma lenda da música assim tão de
perto.
Encontrar Eduardo e Mônica em Brasília, numa feira de livro? Merecia
prêmio, claro...
P.S 2
Se conseguir, depois posto fotos da parada. Fico devendo, mas quase
nunca cumpro...
Fiquemnapaz
3 comentários:
bacana, deveras.
foi por aí mesmo.
que tal um dia fazer uma coletânia de contos só das feiras que já participamos?
massa.
[]s
Preciso ir aí, qualquer dia.
Parabéns, manos. BdE triunfa!
BdE triunfa é ótimo,rs... fiquemnapaz
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